O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) inauguraram, em 2022, uma iniciativa que visa padronizar o compartilhamento de dados entre prestadores de serviço de saúde suplementar do Brasil. Trata-se do denominado Open Health.
Inspirado em experiências de compartilhamentos de dados propostas por órgãos de outros mercados regulados, a exemplo do Open Finance, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil (BACEN), os proponentes do Open Health almejam estimular a concorrência entre os provedores de serviços de saúde suplementar e aprimorar a qualidade dos serviços deste ramo. Pressupõe-se que a redução da assimetria informacional entre agentes desse mercado tende a tornar os serviços mais eficientes e a estimular o desenvolvimento de soluções benéficas à população.
A iniciativa priorizou eixos a serem trabalhados, como a transparência de dados abertos e a melhoria da experiência dos usuários. Dado que o Open Health é uma iniciativa ainda incipiente no Brasil, é oportuno a pesquisa acadêmica se debruçar sobre o modelo em vias de elaboração para avaliá-lo criticamente. Ademais, a pesquisa acadêmica pode contribuir com a criação do modelo por meio do desenvolvimento de propostas e diretrizes, visando o seu aprimoramento, com base em experiências de sucesso similares nacionais e internacionais, especialmente as iniciativas ligadas ao compartilhamento de dados no setor financeiro (Open Finance), que no Brasil.
- Nicolo Zingales
- Diogo Manganelli
- Caio Assumpção
- Natasha Salinas
- Patricia Sampaio
- Maria Ioannidou
- Ioannis Kokkoris
Parceiros:
- Queen Mary University
- Fiocruz